Papel-Moeda: saiba como funciona e como surgiu este sistema

O papel-moeda faz parte do sistema monetário atual e funciona baseado no conceito de moeda fiduciária, onde o seu valor depende da confiança do próprio público na mesma.

A adoção deste sistema ocorre de fato desde o fim do padrão-ouro em 1933. Neste último, o valor da moeda tinha o ouro como lastro, definido conforme o preço desta mercadoria.

Como funciona o papel-moeda

O dinheiro na forma papel-moeda e escritural é emitido através de autoridades monetárias, como os bancos centrais com produção na casa da moeda. Este é também o padrão monetário mais comum desde a queda do padrão-ouro.

O seu valor é derivado da sua própria utilização e da confiança do público e consumidores nela. As notas ou as moedas metálicas são objetos que possuem um valor intrínseco menor do que o valor lá escrito.

Esta forma é uma evolução aos antigos sistemas metálicos em que as moedas eram feitas de mercadorias, como o ouro ou a prata, e que tinham o seu valor com origem neste bem.

Com o papel-moeda as moedas deixaram de circular no formato de mercadoria e a terem um controle monopolizado pela autoridade monetária.

A sua emissão deve ser feita com imposição de limitações de forma a manter a confiança do público na moeda. Isso é traduzido como o controle da alta de preços da economia (inflação).

Atualmente, e com a evolução dos sistemas informáticos, grande parte do dinheiro da economia são mantidos sob a forma depósitos, mas ainda mantendo o padrão papel-moeda.

História do padrão papel-moeda

Como foi visto, o padrão papel-moeda é uma evolução dos sistemas monetários. De início houve a passagem de economias de troca direta para as primeiras formas de moedas, que passaram a facilitar as transações econômicas.

Nos sistemas metálicos, a moeda tinha em sua composição e valor mercadorias, neste caso metais como o ouro e a prata.

Durante o século XIX e início do XX, o chamado padrão-ouro esteve em atividade na maior parte dos países e no comércio entre estes. Nele a moeda era definida como o valor do ouro para uma certa quantidade e pureza.

A moeda utilizada durante o padrão-ouro era considerada representativa das reservas em ouro e a sua total cobertura permitia a troca pelo metal.

O padrão papel-moeda surge nos anos 1930 ainda com lastro em ouro, mas sem que fosse permitido trocar a moeda pelo ouro monetário. Pouco depois, a utilização do ouro como base da moeda é cada vez menor, tornando a moeda fiduciária.

Apesar disso, deve-se notar que o padrão papel-moeda atual não é o sistema exclusivo de utilização deste mecanismo. A primeira versão de papel-moeda conhecida vem da China do século X. Em séculos posteriores outras versões do papel-moeda foram colocados em prática, mesmo em países ocidentais.