Teoria Quantitativa da Moeda

A Teoria Quantitativa da Moeda é uma teoria econômica que relaciona a variação de preços da economia com a quantidade de moeda disponível.

Por essa teoria, se houver uma emissão muito elevada de moeda que supere o aumento do produto, esse aumento causará inflação.

Este cenário já era percebido durante o século XVI com a entrada de grandes quantidades de ouro e prata em países europeus. Trazidas das Américas, estas matérias acabavam por se transformar em mais moeda em circulação.

Esta teoria foi sendo desenvolvida ao longo dos anos, fazendo parte de áreas da ciência econômica como a economia monetária e a macroeconomia, além de ser defendida pelos economistas monetaristas. Já a sua oposição é feita pelos defensores de economias keynesianas.

Como funciona a teoria

Para essa teoria monetária deve-se entender como funcionam os níveis de preços. Esta medida define um patamar para os preços dos bens e serviços em um período considerado.

O processo de análise do nível de preços segue para outro período, resultando em um novo valor. Sendo maior que do período anterior, significa que houve inflação - o nível de preços variou positivamente.

De acordo com a teoria quantitativa da moeda, este nível geral de preços é proporcional à quantidade de moeda existente na economia. Havendo um aumento da oferta de moeda, existirá um aumento do nível de preços, causando inflação.

Para identificar melhor esta relação, é utilizada a equação quantitativa da moeda:

Fórmula quantativa da moeda em que a quantidade de moeda em circulação e sua velocidade é igual ao produto pelo nível de preços

Nesta fórmula, cada uma das componentes são:

  • M: quantidade de ativos líquidos disponível no período para transações econômicas (moeda)
  • V: velocidade em que a moeda circula na economia
  • P: nível geral de preços da economia
  • Y: atividade econômica, podendo ser medida pelo produto (PIB) real

Do lado esquerdo o que vemos é a quantidade de moeda em circulação pela quantidade de vezes que é utilizada. Do outro, a atividade real pelo nível de preços da economia, resulta no próprio PIB nominal.

Havendo uma maior quantidade de moeda, que circula à mesma velocidade, a proporção só se mantém se a atividade econômica se intensificar ou se os preços elevarem-se.

A situação em que existe o aumento dos preços é utilizada pela teoria para exemplificar a inflação como uma causa monetária. Por exemplo, se a quantidade de moeda dobrar de um período a outro, os consumidores veem o mesmo com o nível de preços.

Em sua versão mais antiga, apresentada por Irving Fisher, a medida do produto era substituída pela variável "Transações (T)".

Princípio da neutralidade da moeda

A teoria descrita acima é muito adotada por aqueles que defendem que a disponibilização de mais moeda apenas gera inflação, considerando o longo prazo.

Isso pode ser visto considerando as variações dos termos daquela equação. A primeira dela é do nível de preços, onde a sua variação é conhecida por ser a inflação. Já a velocidade de circulação tende a não se modificar no longo prazo.

O princípio da neutralidade da moeda diz que variações na quantidade de moeda apenas causam um excesso em comparação ao nível de atividade econômica. Desta forma, quanto mais excessiva, mais inflação é gerada no longo prazo.

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