Diferença entre dólar turismo e comercial

A taxa de câmbio entre o real brasileiro e o dólar norte-americano é definida livremente no mercado, já que no Brasil o câmbio é considerado flutuante.

O seu valor vem da oferta e procura. Uma demanda muito elevada por dólares encarece o preço dessa moeda, depreciando o valor do real.

Além disso, o valor que vemos é definido de forma direta, o que nos indica a quantidade de reais necessária para comprar um dólar.

A principal definição da taxa de câmbio vem do comércio que o Brasil faz com os seus outros parceiros. O real pode valorizar se as exportações aumentarem de maneira a que mais investidores procurem pelo real brasileiro, por exemplo.

Do comércio exterior é que surge a taxa de câmbio para o dólar comercial. Já o dólar turismo é a cotação da moeda que é negociada entre os interessados em trocar uma moeda pela outra, como nas casas de câmbio.

O dólar turismo tem como base a taxa comercial, mais os custos relacionados à transação da moeda, sendo por isso mais elevada. Confira na imagem abaixo:

Dólar turismo e dólar comercial em 2019

O que é o dólar comercial?

O dólar comercial é a moeda mais utilizada para o comércio exterior por empresas e bancos quando são feitas exportações, importações ou transações financeiras.

Durante o dia, a cotação varia continuadamente conforme aumenta ou diminui a procura de uma moeda pela outra.

A taxa de câmbio que vem do dólar comercial é a utilizada para definir as taxas que vigoram no mercado cambial. As operações terminam ao fim do dia, ficando determinada a taxa média pelo Banco Central, conhecida como Ptax.

No mercado de câmbio são transacionadas grandes quantidades de dólares por cada agente, como em um "atacado". Este é um dos motivos pelo qual o preço do dólar comercial é mais reduzido que o dólar turismo.

O que é o dólar turismo?

O dólar turismo é a cotação da moeda norte-americana que é apresentada aos consumidores e que pode ser encontrada, por exemplo, quando se compra dólar em uma casa de câmbio.

Esta cotação tem como base a taxa que vem do dólar comercial, acompanhando as mesmas subidas e descidas do cenário comercial.

Ao seu preço são acompanhados custos que vêm de taxas administrativas, do armazenamento e logística do papel-moeda e de impostos como o IOF.

Como o volume procurado por cada consumidor é menor do que as empresas que buscam o dólar comercial, proporcionalmente os custos administrativos são mais elevados, como em um "varejo".